sábado, 12 de janeiro de 2013

Líder muçulmano defende que cristãs devem se cobrir para não serem estupradas



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    Um líder muçulmano salafista radical, defensor da “polícia de costumes”, recentemente chocou os egípcios. Ele apareceu na TV Nahar durante o horário nobre, exigindo que as mulheres cristãs usem o véu para evitar serem estupradas.

    Hisham El-Ashry é fundador da Autoridade Promoção da Virtude e Prevenção do Vício. Ele também sugeriu durante o programa de televisão que o Egito implemente uma força policial que percorra as ruas para garantir que a população está seguindo a lei islâmica. Grupos desse tipo já existem em outros países do Oriente Médio.

    “Eu estava me perguntando: Se eu chegasse ao poder, deixaria as mulheres cristãs permanecerem com a cabeça descoberta? Então pensei ‘Se elas querem ser estuprada nas ruas, então podem,” enfatizou el-Ashry, que é declaradamente um extremista.

    “Para o Egito se tornar plenamente islâmico, o álcool deve ser proibido e todas as mulheres devem ser cobertas”, finalizou.

    Recentemente, outro líder muçulmano do Oriente Médio defendeu que todas as mulheres cristãs deveriam ser estupradas.

    O Grande Mufti do Egito, Ali Gomaa, consultor oficial da lei islâmica, condenou os comentários de El-Ashry. “Este tipo de pensamento idiota é que procura desestabilizar ainda mais o que já é uma situação tensa”, declarou.

    As tensões entre cristãos coptas e muçulmanos estão em alta no Egito, pois a Constituição recém-aprovada e redigida por uma maioria muçulmana, poderá limitar as liberdades civis das minorias religiosas.

    O líder supremo copta do país, Tawadros II, declarou recentemente aos cristãos “Não tenham medo! Mesmo que os seres humanos sintam muito medo, lembre-se que Deus cuidará de você. Esta é uma mensagem coletiva porque o medo é contagioso [...] Esta é uma mensagem de tranquilidade”, acrescentou.

    Desde que a Irmandade Muçulmana, grupo do presidente Mohamed Morsi, assumiu o poder, as perseguições contra os cristãos cresceram no país, mas o governo se comprometeu a não impor códigos islâmicos de comportamento sobre os cristãos. Com informações de Christian Post e The Daily Star

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